domingo, 23 de dezembro de 2018

MAGISTRADO É RECONHECIDO POR DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

A imagem de uma favela emoldurou a noite de homenagens

O Centro Cultural Anjos e Querubins outorgou o prêmio Preta G ao Magistrado Marcelo  Malizia Cabral, Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Pelotas, em solenidade realizada na noite do ultimo sábado, 22 de dezembro, no auditório do Colégio Municipal Pelotense, em Pelotas, RS.

A homenagem foi proposta pela organização da sociedade civil Anjos e Querubins que se dedica à inclusão social de jovens da periferia de Pelotas há mais de quinze anos. Preta G foi uma rapper e ativista social que lutou pela promoção da dignidade dos jovens do bairro Getulio Vargas, em Pelotas, até sua morte.

De acordo com o Coordenador do Centro Cultural Anjos e Querubins, Ben Hur Alves Flores, o Magistrado homenageado é tido como referência na defesa e na promoção dos direitos humanos e da vida humana, destacando sua dedicação à pacificação social por meio dos círculos de construção da paz na comunidade do bairro Getulio Vargas, onde está sediado o Centro.

Malizia agradeceu a homenagem, dividindo-a com todos os colaboradores do Foro de Pelotas e com o grupo de Voluntários da Paz que coordena, ressaltando a importância da organização da sociedade civil em atividades que levem cidadania e dignidade às pessoas.

Malizia  recebeu a homenagem das mãos do Presidente do Centro Cultural Anjos e Querubins, Ben Hur Flores


Currículo - O Juiz Marcelo Malizia Cabral graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em agosto de 1994. No ano seguinte, foi aprovado em concurso público para Juiz de Direito. Atuou na Comarca de Pedro Osório de 1995 a 2007, quando foi promovido para a Comarca de Pelotas, onde jurisdiciona no Segundo Juizado da Primeira Vara Cível e coordena do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

É especialista em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; especialista em Educação pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia, e Educação Sul-rio-grandense; mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Lisboa; mestre Administração Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; consultor interno do Plano de Gestão pela Qualidade do Poder Judiciário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; membro do Centro de Pesquisas Judiciário, Justiça e Sociedade, órgão da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul.

É professor do Curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e professor convidado dos cursos de pós-graduação em direitos humanos e cidadania da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Foi diretor dos departamentos de Cidadania e Direitos Humanos, de Valorização Profissional e de Coordenadorias da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - AJURIS; coordenador Estadual da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude - ABMP; coordenador do Curso de Preparação à Magistratura da Escola Superior da Magistratura em Pelotas.

Recebeu Votos de Louvor da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (2006 e 2007) e da Corregedoria-Geral da Justiça (2008) em razão de sua atuação profissional. Por esse mesmo motivo recebeu Moções de Honra ao Mérito e de Congratulações dos Poderes Legislativos dos Municípios de Pedro Osório (1997) e Amaral Ferrador (2009), Torres (2014). Foi condecorado com o título de Cidadão Cerritense pela Câmara de Vereadores do município de Cerrito (2006), de Cidadão Emérito pela Câmara de Vereadores de Pelotas (2015), de Cidadão Leonense pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão (2016) e de Cidadão Amaralense pela Câmara de Vereadores de Amaral Ferrador (2018).

Recebeu Menção Honrosa no II Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, honraria instituída pelo Ministério da Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e com a Fundação Getúlio Vargas, em razão do trabalho com egressos do sistema prisional (2005).

Coordenou o Projeto Cooperativa João-de-Barro no período de 2003 a 2007, integrante do Projeto Trabalho Para a Vida, da Corregedoria-Geral da Justiça, que garante trabalho para egressos do sistema prisional e jovens egressos do cumprimento de medidas socioeducativas de internação, prática vencedora do Prêmio Direitos Humanos 2005, na categoria defesa dos direitos humanos, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Unesco e com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.

O cenário da solenidade contou com imagem de Preta G e com estátuas vivas



quarta-feira, 19 de setembro de 2018

JUSTIÇA VESTE PILCHA EM PELOTAS

Trajando a pilcha gaúcha e usando linguajar e cenários típicos do sul, os servidores, estagiários, voluntários, magistrado, advogados e partes da Comarca de Pelotas, RS, prestaram homenagem à Semana Farroupilha com a realização de Audiência Crioula na cidade.

A atividade ocorreu na noite dessa terça-feira, 18 de setembro, no Largo do Mercado Público de Pelotas, com a presença de autoridades, tradicionalistas e comunidade, público que ultrapassou a marca de cem pessoas.

Em cenário típico e nas dependências de uma réplica de galpão crioulo construído no Centro Histórico de Pelotas, foi instruído e julgado o processo de retificação de usucapião nº 022/1.16.0015420-2, em tramitação na Primeira Vara Cível da Comarca de Pelotas, tendo como autor Luiz Fernando Feijó Barros, que buscava o reconhecimento da propriedade de imóvel em que reside há vários anos.

Na abertura, Juiz Malizia explicou os propósitos da audiência crioula

Com manifestações em versos gaúchos,a Escrivã Clair Rodrigues, o Oficial de Justiça Felipe de Castilhos, a Oficial Escrevente Secretária Ieda Morsch, o Advogado dos autores, Dr. Luciano Gonçalves Bráz e o Juiz de Direito, Dr. Marcelo Malizia Cabral, encaminharam o pregão, suas manifestações e o julgamento, respectivamente.

Luis Fernando, autor do pedido de usucapião, foi inquirido pelo Juiz

Testemunhas também foram ouvidas

De acordo com o Magistrado Marcelo Malizia Cabral, que presidiu a audiência crioula, o objetivo da ação é aproximar do Poder Judiciário da comunidade e prestar homenagem à cultura gaúcha, aproveitando os festejos farroupilhas, quando os CTG’s recebem famílias em busca do espírito gaúcho.

“Com esses eventos também podemos mostrar à comunidade como se realiza uma audiência e como se dá o julgamento de um processo, destacando o caráter público dos atos realizados pelo Poder Judiciário”, comentou o juiz.

A sentença firmada pelo Magistrado foi redigida pelo poeta Henrique Alam de Mello de Souza e Silva.

Presenças – A audiência foi presidida pelo Magistrado Marcelo Malizia Cabral, titular do Segundo Juizado da Primeira Vara Cível da Comarca de Pelotas e prestigiada pelo General de Brigada Ernesto Gil, pelos Magistrados Denise Freire, Luis Antônio Saud Teles e José Luiz Leal Vieira, das Comarcas de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, pelo Vice-Prefeito de Pelotas e Patrono da Semana Farroupilha, Idemar Barz, pela Coordenadora da 26ª Região Tradicionalista, Hilda Heinen, pela Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Pelotas, Paula Grill, bem como por advogados, tradicionalistas, servidores e colaboradores do Poder Judiciário.

Acadêmicos de Direito e autoridades participaram do evento

Juízes Danise Freire e José Luiz Vieira prestigiaram o evento

Audiências Crioulas – A realização de audiências crioulas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já constitui tradição de mais de uma década e nesse período diversos magistrados já presidiram audiências em cenários típicos gaúchos nos Municípios de Amaral Ferrador, Caiçara, Camaquã, Capão do Leão, Carazinho, Cerrito, Encruzilhada do Sul, Estrela, Frederico Westphalen, Gaurama, Ijuí, Iraí, Muçum, Pelotas, Pinheiro Machado, Santana do Livramento, Taquaraçu do Sul, Viadutos, Vicente Dutra.

Confira o inteiro teor da sentença em versos -

Senhoras prendas, senhores peões!
É chegado o momento da decisão final.
Cabe o juiz julgar tal e qual
O pedido foi feito.
O magistrado decide segundo o critério eleito
Determinado na antiga norma:
Julgar a todos de igual forma,
E dar a cada um o que lhe é de direito.

Na presente demanda
O autor busca a usucapião
Dum terreno registrado por Francisco e Dinah Conceição
Ambos já falecidos.
Narrou que, nos tempos idos,
Houve sucessões contínuas da posse.
E agora pede que o Judiciário endosse
animus domini que alega ter adquirido.

O pleito foi instruído com documentos
E logo se recebeu a petição inicial.
Determinou-se a publicação do edital
Também a cientificação das Fazendas.
E, alegando que não havia contendas,
Manifestou-se o representante dos demandados.
A União, o Município e o Estado
Não manifestaram interesse na ação
E declinou da intervenção
O Ministério Público, intimado.

E agora passo a decidir
Tendo-lhes feito esse breve relato.
“Usucapião é posse, e posse é fato”,
Assim diziam os antigos doutrinadores.
E continuam repetindo os atuais professores
Que são precisos tempo e posse mansa
E a presente demanda certamente alcança
Esses critérios balizadores.

O imóvel, localizado na Vila Gotuzzo
No coração do Bairro Cidade,
Serviu já de propriedade
Para várias famílias.
Por ele hão de ter passado histórias e inúmeras mobílias
Mas quis o destino que, nesta data,
A residência do Bairro Fragata
Homenageasse a Epopeia Farroupilha!

Pois está escrito na peça vestibular
Que o requerente continuou as posses anteriores.
Nomeou os antigos senhores,
Para provar a prescrição aquisitiva.
Trouxe a planta e a certidão descritiva,
Também declarações dos confrontantes
Todos esses são instrumentos bastantes
Para comprovar a autoral assertiva.

Na escuridão da noite de hoje,
Tornou-se clara a pretensão que se está julgando.
A verdade é que Luiz Fernando
Exerce a posse ininterruptamente.
E estabeleceu moradia habitualmente
No bem que se acha loteado.
Cabe, pois, ao Juiz-Estado
Reconhecer que o feito é procedente.

A decisão que ora se toma,
Em versos campeiros expressada,
Deverá no Registro ser levada
Para que surtam seus jurídicos e legais efeitos.
Está, assim, o pedido satisfeito
Pois acolho a pretensão inicial.
Assina Marcelo Malizia Cabral,
Juiz de Direito.

(versos de Henrique Alam de Mello de Souza e Silva).

terça-feira, 18 de setembro de 2018

JUIZ MALIZIA É CIDADÃO AMARALENSE

A Câmara Municipal de Vereadores de Amaral Ferrador outorgou o titulo de Cidadão Amaralense ao Magistrado Marcelo  Malizia Cabral, Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Pelotas, em Sessão Solene realizada na noite da ultima segunda-feira, 17 de setembro, no Salão Passo da Lealdade, em Amaral Ferrador.



Juiz Malizia, recebendo a homenagem das mãos do Presidente do Legislativo, Vereador Carlos Rafael, e do Prefeito de Amaral Ferrador, Nataniel (esq.)


A homenagem foi proposta pelo Presidente da Casa, vereador Carlos Rafael Silva da Silva, em razão dos trabalhos realizados pelo Magistrado em benefício de Amaral Ferrador quando jurisdicionou em regime de exceção na Comarca de Encruzilhada do Sul (2008-2009), sendo acolhida e aprovada por unanimidade pelo Poder Legislativo Amaralense.

De acordo com o proponente, o Magistrado é tido como referência em dedicação ao trabalho e na coordenação de ações que levam cidadania à comunidade, registando que o homenageado foi o responsável pela instalação de Posto do Juizado Especial Cível no município e pela realização da primeira Audiência Crioula de Amaral Ferrador, no ano de 2009.

O Presidente da Casa também registrou que Malizia foi responsável por liderar a regularização fundiária do Município, que tem toda a planta urbana em área sem título de propriedade, fomentando a criação de uma política pública de usucapiões coletivos que estão promovendo a regularização das propriedades de todo o município.

Segundo Malizia, a homenagem do Poder Legislativo mostra o acerto do Tribunal de Justiça do RS em conferir tratamento especial à cidadania e à regularização fundiária. "Quero dedicar esta homenagem ao TJRS e à equipe de trabalho da Comarca de Encruzilhada do Sul que tive a oportunidade de liderar, que foi obstinada e incansável na realização dessas ações de interesse social", referiu o Magistrado.



Placa materializou homenagem concedida pela unanimidade dos Vereadores de Amaral Ferrador



Presenças - A homenagem contou com a presença do Presidente da Câmara de Vereadores de Amaral Ferrador, vereador Carlos Rafael Silva da Silva, além de todos os demais vereadores integrantes da Casa Legislativa, do Prefeito Municipal de Amaral Ferrador, Nataniel Satiro Duval, do Vice-Prefeito de Amaral Ferrador, Luis Roberto Machado, da Presidente da Subseção de Encruzilhada do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil, Jani Damé Rodrigues, além de autoridades, lideranças e comunidade de Amaral Ferrador.




Vereadores e Comunidade prestigiaram a Sessão Solene


Currículo - O Juiz Marcelo Malizia Cabral graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em agosto de 1994. No ano seguinte, foi aprovado em concurso público para Juiz de Direito. Atuou na Comarca de Pedro Osório de 1995 a 2007, quando foi promovido para a Comarca de Pelotas, onde jurisdiciona no Segundo Juizado da Primeira Vara Cível, coordena do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).


É especialista em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; especialista em Educação pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia, e Educação Sul-rio-grandense; mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Lisboa; mestre Administração Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; consultor interno do Plano de Gestão pela Qualidade do Poder Judiciário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; membro do Centro de Pesquisas Judiciário, Justiça e Sociedade, órgão da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul e membro do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJRS.

É professor do Curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e professor convidado dos cursos de pós-graduação em direitos humanos e cidadania da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Foi diretor dos departamentos de Cidadania e Direitos Humanos, de Valorização Profissional e de Coordenadorias da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - AJURIS; coordenador Estadual da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude - ABMP; coordenador do Curso de Preparação à Magistratura da Escola Superior da Magistratura em Pelotas.

Recebeu Votos de Louvor da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (2006 e 2007) e da Corregedoria-Geral da Justiça (2008) em razão de sua atuação profissional. Por esse mesmo motivo recebeu Moções de Honra ao Mérito e de Congratulações dos Poderes Legislativos dos Municípios de Pedro Osório (1997) e Amaral Ferrador (2009), Torres (2014). Foi condecorado com o título de Cidadão Cerritense pela da Câmara de Vereadores do município de Cerrito (2006), de Cidadão Emérito pela Câmara de Vereadores de Pelotas (2015) e de Cidadão Leonense pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão (2016).

Recebeu Menção Honrosa no II Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, honraria instituída pelo Ministério da Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e com a Fundação Getúlio Vargas, em razão do trabalho com egressos do sistema prisional (2005).

Coordenou o Projeto Cooperativa João-de-Barro no período de 2003 a 2007, integrante do Projeto Trabalho Para a Vida, da Corregedoria-Geral da Justiça, que garante trabalho para egressos do sistema prisional e jovens egressos do cumprimento de medidas socioeducativas de internação, prática vencedora do Prêmio Direitos Humanos 2005, na categoria defesa dos direitos humanos, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Unesco e com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

PINHEIRO MACHADO/RS, REALIZA AUDIÊNCIA CRIOULA

Na abertura da audiência, Juiz Malizia saudou os presentes:

 (Foto Assessoria Foro Pinheiro Machado)



Autor do pedido, Adão Moura, prestando seu depoimento:

(Foto de Gislene Farion)


(Foto de Gislene Farion)

Público lotou o CTG Lila Alves:

(Foto Assessoria Foro Pinheiro Machado)

Trajando a pilcha gaúcha e usando linguajar e cenários típicos do sul, os servidores, estagiários, voluntários, magistrado, advogados e partes da Comarca de Pinheiro Machado, RS, prestaram homenagem à Semana Farroupilha com a realização de Audiência Crioula na cidade.

A atividade ocorreu na noite dessa sexta-feira, 14 de setembro, no  Centro de Tradições Gaúchas Lila Alves e contou com a presença de autoridades, tradicionalistas e comunidade, público que atingiu a marca de cem pessoas.

Em cenário típico e nas dependências de um Centro de Tradições Gaúchas, foi instruído e julgado o processo de retificação de usucapião nº 117/1.16.0000101-6, em tramitação na Vara Judicial da Comarca de Pinheiro Machado, tendo como autores Lucimar Santos de Moura e Adão Moura, que buscavam o reconhecimento da propriedade de imóvel que utilizariam  há mais de quinze anos.

Com manifestações em versos gaúchos, a Escrivã Adriane Gonçalves dos Santos, o Advogado dos autores, Dr. Claudiomar Rosa Gomes e o Juiz de Direito, Dr. Marcelo Malizia Cabral, encaminharam o pregão, suas manifestações e o julgamento, respectivamente.

De acordo com o Magistrado Marcelo Malizia Cabral, que presidiu a audiência crioula, o objetivo da ação é aproximar do Poder Judiciário da comunidade e prestar homenagem à cultura gaúcha, aproveitando os festejos farroupilhas, quando os CTG’s recebem famílias em busca do espírito gaúcho.

“Com esses eventos também podemos mostrar à comunidade como se realiza uma audiência e como se dá o julgamento de um processo, destacando o caráter público dos atos realizados pelo Poder Judiciário”, comentou o juiz.

A sentença firmada pelo Magistrado foi redigida pelo poeta Jorge Rijo e declamada por Amanda Gonçalves dos Santos e Júlia Graziela Azambuja.

Presenças – A audiência foi presidida pelo Magistrado Marcelo Malizia Cabral, Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da Comarca de Pelotas e prestigiada pela Coordenadora da 21ª Região Tradicionalista, Silvânia Afonso, pela Patroa do Centro de Tradições Gaúchas Lila Alves, Eveline dos Reis, pela Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Pinheiro Machado, Odete Brum Teixeira, pelo Vice Prefeito de Pinheiro Machado, Jackson Luiz Cabral, pelo Vice-Presidente da Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado, vereador Renato Rodrigues, bem como por advogados, tradicionalistas, servidores e colaboradores do Poder Judiciário.

Audiências Crioulas – A realização de audiências crioulas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já constitui tradição de mais de uma década e nesse período diversos magistrados já presidiram audiências em cenários típicos gaúchos nos Municípios de Amaral Ferrador, Caiçara, Camaquã, Capão do Leão, Carazinho, Cerrito, Encruzilhada do Sul, Estrela, Frederico Westphalen, Gaurama, Ijuí, Iraí, Muçum, Santana do Livramento, Taquaraçu do Sul, Viadutos, Vicente Dutra.

Confira o inteiro teor da sentença em versos -

Os autores buscaram usucapião
de forma mansa e pacífica
tudo foi bem pesado na balança, dentro da lei,
foram as citações de forma legal.
As publicações e intimações
do município, fazenda Pública, Estado e União
deram a rubrica de conformadade, sem objeções;

Foram ouvidas três testemunhas
comprovando a posse dos autores
o que levou os Senhores Promotor
e o Excelentíssimo Juiz de Direito
Marcelo Malizia Cabral a concordarem e darem seu aval,
para esse emocionante pedido
sendo assim, usucapião foi concedido
com todos os méritos ao casal;

Neste quatorze de setembro
dois mil e dezoito é o ano
neste torrão mui pampeano
Comarca de Pinheiro Machado
neste Lila Alves consagrado
Patrono da nossa tradição
à Senhora Lucimar e Senhor Adão
o direito ao usucapião foi proclamado;

O número do processo é mui longo
por isso não está aqui anotado
mas que fique nos autos registrado
a lisura e honradez deste processo
e ao final ao nosso Deus eu peço
e a todos que estiverem envolvidos
que continuem pela lei, sempre unidos
trilhando os caminhos do progresso.

Diante de todo o exposto,
de acordo com a Lei vigente,
faço aqui procedente a ação formulada,
ficando todos de acordo com a decisão prolatada,
registrando aqui nesta ocasião, o trânsito em julgado,
quatorze é o dia que move, setembro de dois mil e dezoito,
Marcelo Malizia Cabral, Magistrado de direito
em Jurídico e justo caminho aqui no Salão do Lila Alves
deu ao Seu Adão e Sra. Lucimar a propriedade de seu quinhão
e que faça jus ao seu torrão,na terra das Cacimbinhas!

(Versos de Jorge Rijo)

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

JUIZ MALIZIA RECEBERÁ O TÍTULO DE CIDADÃO AMARALENSE

Convite Cidadão Amaralense
A Câmara Municipal de Vereadores de Amaral Ferrador outorgará o titulo de Cidadão Amaralense ao Magistrado Marcelo  Malizia Cabral, Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Pelotas, em Sessão Solene a ser realizada próxima segunda-feira, 17 de setembro, às 20h, no Centro de Tradições Gaúchas Passo da Lealdade.


A homenagem foi proposta pelo Presidente da Casa, vereador Carlos Rafael Silva da Silva, em razão dos trabalhos realizados pelo Magistrado em benefício de Amaral Ferrador quando jurisdicionou em regime de exceção na Comarca de Encruzilhada do Sul (2008-2009), sendo acolhida e aprovada por unanimidade pelo Poder Legislativo Amaralense.



De acordo com o proponente, o Magistrado é tido como referência em dedicação ao trabalho e na coordenação de ações que levam cidadania à comunidade, registando que o homenageado foi o responsável pela instalação de Posto do Juizado Especial Cível no município e pela realização da primeira Audiência Crioula de Amaral Ferrador, no ano de 2009.

O Presidente da Casa também registrou que Malizia foi responsável por liderar a regularização fundiária do Município, que tem toda a planta urbana em área sem título de propriedade, fomentando a criação de uma política pública de usucapiões coletivos que estão promovendo a regularização das propriedades de todo o município.

Segundo Malizia, a homenagem do Poder Legislativo mostra o acerto do Tribunal de Justiça do RS em conferir tratamento especial à cidadania e à regularização fundiária. "Quero dedicar esta homenagem ao TJRS e à equipe de trabalho da Comarca de Encruzilhada do Sul que tive a oportunidade de liderar, que foi obstinada e incansável na realização dessas ações de interesse social", referiu o Magistrado.

Juiz Marcelo Malizia Cabral
Currículo - O Juiz Marcelo Malizia Cabral graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em agosto de 1994. No ano seguinte, foi aprovado em concurso público para Juiz de Direito. Atuou na Comarca de Pedro Osório de 1995 a 2007, quando foi promovido para a Comarca de Pelotas, onde jurisdiciona no Segundo Juizado da Primeira Vara Cível, coordena do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).


É especialista em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; especialista em Educação pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia, e Educação Sul-rio-grandense; mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Lisboa; mestre Administração Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; consultor interno do Plano de Gestão pela Qualidade do Poder Judiciário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; membro do Centro de Pesquisas Judiciário, Justiça e Sociedade, órgão da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul e membro do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC) do TJRS.



É professor do Curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e professor convidado dos cursos de pós-graduação em direitos humanos e cidadania da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).



Foi diretor dos departamentos de Cidadania e Direitos Humanos, de Valorização Profissional e de Coordenadorias da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - AJURIS; coordenador Estadual da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude - ABMP; coordenador do Curso de Preparação à Magistratura da Escola Superior da Magistratura em Pelotas.



Recebeu Votos de Louvor da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (2006 e 2007) e da Corregedoria-Geral da Justiça (2008) em razão de sua atuação profissional. Por esse mesmo motivo recebeu Moções de Honra ao Mérito e de Congratulações dos Poderes Legislativos dos Municípios de Pedro Osório (1997) e Amaral Ferrador (2009), Torres (2014). Foi condecorado com o título de Cidadão Cerritense pela da Câmara de Vereadores do município de Cerrito (2006), de Cidadão Emérito pela Câmara de Vereadores de Pelotas (2015) e de Cidadão Leonense pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão (2016).



Recebeu Menção Honrosa no II Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, honraria instituída pelo Ministério da Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e com a Fundação Getúlio Vargas, em razão do trabalho com egressos do sistema prisional (2005).



Coordenou o Projeto Cooperativa João-de-Barro no período de 2003 a 2007, integrante do Projeto Trabalho Para a Vida, da Corregedoria-Geral da Justiça, que garante trabalho para egressos do sistema prisional e jovens egressos do cumprimento de medidas socioeducativas de internação, prática vencedora do Prêmio Direitos Humanos 2005, na categoria defesa dos direitos humanos, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Unesco e com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

PELOTAS E PINHEIRO MACHADO, RS, TERÃO AUDIÊNCIAS CRIOULAS

Convite para a Audiência Crioula da
Comarca de Pinheiro Machado

Convite para a Audiência Crioula da 
Comarca de Pelotas




Vestindo pilcha e usando linguagem e cenários gaúchos, servidores, estagiários, voluntários, magistrado, promotores de justiça, defensores públicos, advogados e partes das Comarcas de Pelotas e Pinheiro Machado, RS, prestarão homenagem à Semana Farroupilha com a realização de audiências crioulas.

As atividades acontecerão  nos próximos dias 14 de setembro, às 20 horas, no Centro de Tradições Gaúchas Lila Alves, em Pinheiro Machado, RS e no dia 18 de setembro, às 20 horas, no Largo do Mercado Público, em Pelotas

Em cenário típico e nas dependências de Centro de Tradições Gaúchas, serão instruídos e julgados processos de usucapião em que cidadãos buscam a regularização do título de propriedade dos imóveis em que residem.

A expectativa é de que as manifestações dos interessados e as sentenças sejam redigidas em versos gaúchos.

De acordo com o magistrado Marcelo Malizia Cabral, que coordena as atividades e presidirá as audiências crioulas, o objetivo da ação é aproximar do Poder Judiciário da comunidade e prestar homenagem à cultura gaúcha.

“Com esses eventos também podemos mostrar à comunidade como se realiza uma audiência e como se dá o julgamento de um processo, destacando o caráter público dos atos realizados pelo Poder Judiciário”, comentou o juiz.

Audiências Crioulas – A realização de audiências crioulas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul já constitui tradição de mais de uma década e nesse período diversos magistrados já presidiram audiências em cenários típicos gaúchos nos Municípios de Amaral Ferrador, Caiçara, Camaquã, Capão do Leão, Carazinho, Cerrito, Encruzilhada do Sul, Frederico Westphalen, Gaurama, Ijuí, Iraí, Muçum, Pelotas, Santana do Livramento, Taquaraçu do Sul, Torres, Viadutos, Vicente Dutra.


ARTIGO - JUSTIÇA DE PILCHA

Chega mais um mês de setembro e o Rio Grande se veste com as cores de sua bandeira e faz toda a questão de demonstrar seu amor e respeito às boas e seculares tradições.

Os gaúchos se trajam a rigor, com bombachas, botas e lenço no pescoço, enquanto as prendas se enfeitam todas faceiras e exibem seus vestidos rodados.

Orgulhamo-nos de nosso chimarrão, de nossas vestes, de nossos campos, de nossa história de perseverança na busca daquilo em que acreditamos e de nosso espírito de irresignação frente às injustiças.

Nos Centros de Tradições Gaúchas, o Rio Grande se encontra, se reencontra e não se cansa de entoar seu hino e reverenciar seus bons costumes.

Exatamente em adesão a este espírito de congraçamento e na busca de demonstrar que o gauchismo pode ser cultivado em qualquer ambiente, o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, ao menos há uma década, tem se pilchado no mês de setembro, realizando seus julgamentos onde o povo se reúne e cultua suas tradições.

Ao sabor de um mate bem amargo, com lenço no pescoço, dentro de um galpão, de um CTG ou mesmo em praça pública e valendo-se de expressões e versos típicos do Rio Grande, juízes, servidores, advogados, defensores públicos, promotores de justiça e colaboradores do sistema de justiça exercitam seu labor e homenageiam a cultura gaúcha.

São as audiências crioulas, audiências gaudérias, ou audiências gaúchas, que a cada ano tomam mais fôlego Rio Grande afora, permitindo que o Poder Judiciário e os lidadores do direito mostrem à comunidade como se busca a realização de um direito, como acontece uma audiência e como se julga um processo de modo especialmente público, oportunizando um contato mais próximo, aberto, direto e franco desta instituição pública com a sociedade a que serve.

Deste modo, fica o desejo de que a cada ano o Poder Judiciário ande mais perto das pessoas e mostre a toda a comunidade, com orgulho e respeito à cultura de seu povo, como se realizam seus atos, como se ouve uma testemunha, como se julga um caso e, melhor ainda, que assim proceda homenageando os bons costumes deste valoroso Rio Grande; que julgue e concretize a justiça em um CTG, galpão, praça ou onde estejam reunidos os gaúchos; que a beleza dos versos das petições, dos pareceres e das sentenças suavizem o amargo do chimarrão e que seja à moda gaúcha: que a justiça se realize de pilcha.

Denise Dias Freire, José Luiz Leal Vieira, Marcelo Malizia Cabral, Marilde Angélica Webber Goldschmidt, Marlene Marlei de Souza e Osmar de Aguiar Pacheco, Juízes de Direito no Estado do Rio Grande do Sul.

Confira algumas fotos das Audiências Crioulas anteriormente realizadas:
Audiência Crioula em Capão do Leão, RS - 16.9.2015
 
Audiência Crioula em Cerrito, RS - 19.9.2006

Audiência Crioula em Amaral Ferrador, RS - 20.9.2009
Audiência Crioula em Camaquã - 17.9.2014 - CTG Camaquã

Audiência Crioula em Encruzilhada do Sul, RS - 19.9.2009
Audiência Crioula em Pelotas - União Gaúcha João Simões Lopes Neto - 16.9.2013
Audiência Crioula no CTG Os Farrapos - Pelotas - RS  - 15.9.2016


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Reunião avalia oportunidades de trabalho para apenados

O trabalho no Presídio Regional de Pelotas (PRP) foi pauta de reunião do Fórum Regional de Execução Criminal na tarde desta segunda-feira (20). Fomentar a criação de vagas para detentos do regime fechado, semiaberto, em monitoramento eletrônico e egressos do sistema é um dos objetivos que envolve Prefeitura, Judiciário, Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e sociedade civil.

Empresários da região foram convidados a participar do debate e apresentados as alternativas de emprego para esse público por servidoras do Departamento de Tratamento Penal da Susepe. Atualmente, a população carcerária do Rio Grande do Sul é composta por mais de 39 mil pessoas, das quais 11,5 mil são trabalhadores; destes, 6,9 mil atuam dentro das casas prisionais nos serviços internos, e apenas 570 são contratados por CLT.

O juiz da Vara Regional de Execuções Criminais e proponente do encontro, Marcelo Malizia Cabral, enfatizou a importância de humanizar o tratamento aos apenados e garantir a dignidade, ofertando saúde, educação e oportunidades de trabalho.

Entre as alternativas viabilizadas por meio do Pacto Pelotas pela Paz, dentro do programa Segunda Chance, estão as frentes de atuação do projeto Mão de Obra Prisional, junto às secretarias de Saúde (SMS), Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI), e Assistência Social (SAS); a criação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) e a instalação da fábrica de artigos de concreto ArteconP no PRP, que aguarda o aval da Secretaria Estadual de Segurança Pública para entrar na ativa.

Também participaram das discussões o diretor da SSUI, Gabriel Manske; o presidente da Apac, Leandro Thurow, a diretora do PRP, Fabiane de Oliveira; o diretor do Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico, Hamilton Martins; e o professor da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) Luiz Antônio Chies. 

Reportagem extraída do site da Prefeitura Municipal de Pelotas. Confira a reportagem completa e as fotografias aqui.