domingo, 23 de dezembro de 2018

MAGISTRADO É RECONHECIDO POR DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

A imagem de uma favela emoldurou a noite de homenagens

O Centro Cultural Anjos e Querubins outorgou o prêmio Preta G ao Magistrado Marcelo  Malizia Cabral, Coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Pelotas, em solenidade realizada na noite do ultimo sábado, 22 de dezembro, no auditório do Colégio Municipal Pelotense, em Pelotas, RS.

A homenagem foi proposta pela organização da sociedade civil Anjos e Querubins que se dedica à inclusão social de jovens da periferia de Pelotas há mais de quinze anos. Preta G foi uma rapper e ativista social que lutou pela promoção da dignidade dos jovens do bairro Getulio Vargas, em Pelotas, até sua morte.

De acordo com o Coordenador do Centro Cultural Anjos e Querubins, Ben Hur Alves Flores, o Magistrado homenageado é tido como referência na defesa e na promoção dos direitos humanos e da vida humana, destacando sua dedicação à pacificação social por meio dos círculos de construção da paz na comunidade do bairro Getulio Vargas, onde está sediado o Centro.

Malizia agradeceu a homenagem, dividindo-a com todos os colaboradores do Foro de Pelotas e com o grupo de Voluntários da Paz que coordena, ressaltando a importância da organização da sociedade civil em atividades que levem cidadania e dignidade às pessoas.

Malizia  recebeu a homenagem das mãos do Presidente do Centro Cultural Anjos e Querubins, Ben Hur Flores


Currículo - O Juiz Marcelo Malizia Cabral graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pelotas, em agosto de 1994. No ano seguinte, foi aprovado em concurso público para Juiz de Direito. Atuou na Comarca de Pedro Osório de 1995 a 2007, quando foi promovido para a Comarca de Pelotas, onde jurisdiciona no Segundo Juizado da Primeira Vara Cível e coordena do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

É especialista em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; especialista em Direitos Humanos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; especialista em Educação pelo Instituto Federal de Ciência, Tecnologia, e Educação Sul-rio-grandense; mestre em Direitos Fundamentais pela Universidade de Lisboa; mestre Administração Judiciária pela Fundação Getúlio Vargas, RJ; consultor interno do Plano de Gestão pela Qualidade do Poder Judiciário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul; membro do Centro de Pesquisas Judiciário, Justiça e Sociedade, órgão da Escola Superior da Magistratura do Rio Grande do Sul.

É professor do Curso de Direito da Universidade Católica de Pelotas (UCPEL) e professor convidado dos cursos de pós-graduação em direitos humanos e cidadania da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA).

Foi diretor dos departamentos de Cidadania e Direitos Humanos, de Valorização Profissional e de Coordenadorias da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul - AJURIS; coordenador Estadual da Associação Brasileira de Magistrados, Promotores de Justiça e Defensores Públicos da Infância e Juventude - ABMP; coordenador do Curso de Preparação à Magistratura da Escola Superior da Magistratura em Pelotas.

Recebeu Votos de Louvor da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (2006 e 2007) e da Corregedoria-Geral da Justiça (2008) em razão de sua atuação profissional. Por esse mesmo motivo recebeu Moções de Honra ao Mérito e de Congratulações dos Poderes Legislativos dos Municípios de Pedro Osório (1997) e Amaral Ferrador (2009), Torres (2014). Foi condecorado com o título de Cidadão Cerritense pela Câmara de Vereadores do município de Cerrito (2006), de Cidadão Emérito pela Câmara de Vereadores de Pelotas (2015), de Cidadão Leonense pela Câmara de Vereadores de Capão do Leão (2016) e de Cidadão Amaralense pela Câmara de Vereadores de Amaral Ferrador (2018).

Recebeu Menção Honrosa no II Prêmio Innovare: O Judiciário do Século XXI, honraria instituída pelo Ministério da Justiça em parceria com a Associação Brasileira de Magistrados e com a Fundação Getúlio Vargas, em razão do trabalho com egressos do sistema prisional (2005).

Coordenou o Projeto Cooperativa João-de-Barro no período de 2003 a 2007, integrante do Projeto Trabalho Para a Vida, da Corregedoria-Geral da Justiça, que garante trabalho para egressos do sistema prisional e jovens egressos do cumprimento de medidas socioeducativas de internação, prática vencedora do Prêmio Direitos Humanos 2005, na categoria defesa dos direitos humanos, promovido pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em conjunto com a Unesco e com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.

O cenário da solenidade contou com imagem de Preta G e com estátuas vivas